Atenção, empresários! O Banco Central libera botão de contestação do PIX — e quem abusar pode acabar marcado por fraude

No dia 1º de outubro, o Banco Central colocou em funcionamento um novo recurso para os usuários do Pix: o botão de contestação.
Agora, quem se sentir vítima de fraude, golpe ou coerção pode acionar esse canal diretamente pelo aplicativo do banco, pedindo a devolução do dinheiro.

Mas atenção: o mecanismo não se aplica a casos de erro, arrependimento ou disputas comerciais.
E há um alerta importante — usar o botão sem motivo plausível pode ser considerado fraude.

Um cliente que contesta indevidamente pode ter o nome negativado, sofrer processo judicial e até ter registro negativo em instituições financeiras.


Como funciona o botão de contestação do Pix

O que é e quando usar?

O botão faz parte do MED (Mecanismo Especial de Devolução), criado pelo Banco Central.
Ele permite que o cliente conteste uma transação Pix de forma totalmente digital, sem precisar entrar em contato com o suporte do banco ou ir até uma agência.

Esse recurso só é válido em casos de golpe, fraude ou coerçãonão serve para arrependimento de compra, desacordos comerciais ou erro ao digitar a chave Pix.


Prazos e funcionamento do MED:

  1. Assim que o cliente aciona a contestação, o banco recebedor é notificado imediatamente e pode bloquear parte ou todo o valor, se ainda houver saldo disponível.
  2. Os bancos envolvidos têm até 7 dias para analisar a solicitação.
  3. Se a fraude for confirmada, a devolução é feita em até 11 dias após o pedido.
  4. A partir de novembro de 2025, será possível rastrear devoluções envolvendo contas intermediárias, fortalecendo a segurança e o controle sobre golpes financeiros.

Os perigos da contestação indevida:

Acionar o botão de contestação sem motivo real pode ser interpretado como ato fraudulento.
Além de ter o nome negativado, o cliente pode responder judicialmente e ter o registro de sua conta marcado no sistema do Banco Central, dificultando futuras operações financeiras.

Esse novo mecanismo protege as vítimas de golpe, mas também responsabiliza quem tenta usar o Pix de má fé.


5 práticas para empresários se protegerem:

PráticaPor que adotarDica prática
1. Emita nota fiscalÉ a prova formal de que o Pix corresponde a uma venda ou serviço real.Inclua o número da nota e os dados da transação nos registros da empresa.
2. Guarde conversas e contatosMensagens e prints ajudam a comprovar a negociação.Mantenha cópias de conversas no WhatsApp e e-mails importantes.
3. Use Pix integrado ao sistemaFacilita o rastreamento e comprovação de pagamentos.Prefira Pix gerado diretamente pelo sistema de gestão da sua empresa.
4. Tenha política clara de cancelamento e pagamentoEvita disputas e alegações indevidas.Publique suas regras no site e informe o cliente antes da compra.
5. Se houver contestação indevida, reúna provas e acione o bancoO MED analisa os dois lados. Se você comprovar a legitimidade, o valor fica com você.Organize documentos, notas fiscais e registros antes de responder à contestação.

Importante: se o cliente fizer uma contestação sem motivo real e você comprovar que a transação foi legítima, o valor permanece com você — e quem tentou dar calote é quem responde por fraude.


Como o empresário pode se preparar:

A chegada do botão de contestação é um avanço na segurança financeira digital, mas exige mais organização e transparência nas vendas via Pix.
Empresários precisam adotar boas práticas de gestão e sistemas que permitam rastrear e comprovar cada pagamento.

A Visual Software desenvolve soluções que ajudam sua empresa a manter o controle total sobre os recebimentos via Pix, com integração segura, automação e relatórios inteligentes.

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Fontes