Talvez já tenha acontecido contigo ou tenha visto em algum comércio na hora do pagamento, alguém falar a frase com o cartão na mão para a pessoa do caixa: “Posso passar na aproximação?”. Na maioria das vezes a pessoa do caixa dá aquele “sorriso amarelo” para o cliente e fala: “O que é isso? Não entendi”. Nessa hora o cliente revira os olhos e precisa explicar para a pessoa como fazer o tal pagamento ou ainda desistir da ideia e passar o cartão do modo comum.
Visando a facilidade e a agilidade, a maioria dos cartões de créditos e das maquininhas já vêm com a tecnologia “contactless“, que funciona somente aproximando o cartão da maquininha e o pagamento já é confirmado. Ora com senha, ora sem, dependendo da bandeira do cartão e/ou do valor da transação. Essa tecnologia chamamos mais usualmente de “aproximação”. A tecnologia da aproximação não é nova e vários celulares já vêm, há algum tempo, com a “NFC” em seu hardware que funciona da mesma forma, sendo possível o pagamento usando o Google Pay ou Apple Pay somente aproximando o Smartphone da máquina. Já nos cartões de crédito aqui no Brasil somente agora que está sendo disponibilizada a funcionalidade.
Muitas pessoas ficam receosas de usar este tipo de tecnologia pois seria como uma “brecha” para que seu cartão fosse clonado ou algo do gênero. Mas veja, em alguns casos você entregar o seu cartão para a pessoa do outro lado do balcão pode ser até pior não é mesmo? Uma simples foto da frente e do verso do cartão pode causar sérios problemas para você.
Na internet tem bastante conteúdo sobre estas tecnologias, o que mostra já ter uma boa segurança ao usuário. As operadoras de cartões dão bastante atenção para que as transações sejam feitas de formas mais seguras possíveis. Então porque não explorar isso? Não só usar, mas oferecer ao cliente que possui a tecnologia, pois, não só a agilidade no pagamento é bem maior, como também não é necessário tanto contato humano em máquinas e cartões evitando assim a transmissão de vírus por exemplo, tendo em vista a época de pandemia que estamos passando.
Seguindo essa tendência vemos por ai várias outras formas de pagamentos digitais em constante crescimento como o Picpay, Ame Digital, MercadoPago, Méliuz entre outros. Alguns desses até oferecendo vantagens ao usar como o famoso “Cashback”, onde você usando, vai recebendo uma porcentagem de volta do dinheiro para usar em outras compras.
A mais recente forma de pagamento anunciada nesta última semana é poder pagar ou receber via WhatsApp. A ideia é que as transações possam ser feitas com a mesma facilidade de enviar uma foto ou vídeo pelo celular. Gradualmente o Facebook, que é dono do WhatsApp, disponibilizará atualizações para que a funcionalidade chegue até nós. Por enquanto somente algumas bandeiras (Visa e Master) e alguns bancos (Banco do Brasil, Nubank e Sicredi), estarão disponíveis para usar esta forma de pagamento, mas, com certeza, será mais abrangente nos próximos meses. Para usar você precisa também se cadastrar no Facebook Pay e seguir os passos que a ferramenta solicitará. Será um serviço gratuito para pessoas físicas e terá uma taxa para empreendedores.
A inovação em todos os ramos de atividades está sendo um diferencial para vencermos a pandemia e consequentemente a crise. Acredito que explorando formas de pagamentos digitais seja mais uma inovação que possa ser usada pelo comércio assim como o e-commerce, delivery, etc.
E termino este artigo com a pergunta que comecei, o velho dinheiro de papel que usamos por bastante tempo pode estar com os dias contados?